sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

invisíveis

Um corpo deitado no chão da rua
Que sonhos serão sonhados?
Uma vida, igual à sua
Objetos e objetivos roubados

Um corpo deitado no vão da rua
Será homem ou mulher?
De tão cansada, a fronte nem sua
Bem me quer, mal me quer

Um corpo deitado e um cão de rua
Não há caninos, nem molares
Embriagada demais, a dor flutua
Na falta de lares, sobram bares

Corpos deixados são das ruas
Insanos, meninos, velhos demais
O vento varre suas vestes nuas,
levando consigo o que nem lembram mais


14 comentários:

  1. Oi Helcio,
    Muitas vezes a realidade é cruel e não perdoa ninguém...

    Bjs.

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  2. Helcio,verdadeiro seu texto,apesar de eu ser analfabeta das entrelinhas,achei-o extremamente interessante,pois nos passa a realidade do nosso cotidiano,não há mais lares e sim casas,não há mais famílias reunidas para uma conversa,mas uma televisão no meio da sala com sua imponência,não há mais valores nem ética,portanto há as ruas para acolherem toda a espécie de ser que um dia pudemos dizer "eram humanos"triste ,mas tudo está dito em seu registro.Parabéns pela sensibilidade de alma,inenarrável sapiência na colocação.Um grande abraço!

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  3. Marli, sábias as suas reflexões. Inspirei-me realmente no cotidiano abandono, na indigência das cidades, maiores que a capacidade humana de subsistir a tantas angústias. Invisível o sofrimento do anônimo, rejeitado tantas vezes, que não se lembra de quem é ou foi.
    Abraço fraterno.

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  4. Elaine, talvez, a realidade perdoe quem ousar transformá-la. Bjs.

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  5. Para ousar e querer precisa de um ingrediente. A Força!
    O desencanto quando abate essas pessoas é enorme que vivem essa realidade...
    Trouxe em forma de poesia muito bem estruturada.
    Parabéns pelo blog e grata pela visita e comentário!

    Bjsss

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  6. Obrigado pelo carinho do comentário, Guimel. Bjs

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  7. Obrigada pela visita .. é muito bom quando postamos e as pessoas gostam ^^

    Te sigo tbm ^^

    Bj

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  8. Sensacional Helcio.

    A realidade nua e crua, que fazemos que não vemos, e que precisa sim de atitudes para mudar.
    Somos todos culpados.

    Bjs no coração!

    Nilce

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  9. Somos os sonhos adormecidos nos corpos, Ediney.

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  10. Gratom pelo carinho que sempre acompanha tuas palavras, Nilce!
    Beijos.

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  11. Oi. Vim retribuir a sua visita no meu blog. Amei o que tu escreves... tocante. Que bom que nos achamos! Volte sempre! Eu voltarei sempre... Bjo.

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  12. Voltarei, Mary, pois gostei muito do que encontrei lá. Será um prazer tê-la por aqui. Bj.!

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