domingo, 20 de junho de 2010
as luzes da cidade
Você vestiu meu corpo com o seu sorriso e com a seiva de seu desejo.
Você me brindou com flagrâncias tão diversas, que me embriaguei de você.
Mas seguimos procurando o "nosso rumo". E nos reencontramos, pertinho do mar.
E a cidade acendeu-se, fulgurante, como nunca. As canções das ondas ficaram
ao fundo porque, do fundo de cada um de nós, vieram outros cânticos. Foi
tanta mansidão, parecia que a vida encostara a cabeça em nossos ombros e
sonhara acordada, encantada, sob o efeito catártico de nossos olhares
cúmplices.
Aquela lua imensa, de uma brancura impossível, era um convite a loucuras
deliciosas e aceitamos a oferenda.
Nosso caminhar natural pelas calçadas, de corações descalços, a visão das portarias,
dos prédios - inestéticas, assépticas, diversas, os quadros que admiramos, ao longe, os
contrastes que vislumbramos, de perto.
A manhã trouxe frutas saborosas, a visão de um azul sem fim, talvez,
influenciado pelos nossos murmúrios de satisfação e cumplicidade.
Você tem o dom de fazer acontecer uma vida, tem luz para dar e dela
tenho me servido, para iluminar meus pensamentos.
Amor, vem me tirar o cinto, amor vem me botar na vida... (sem aspas, pois
não está literalmente reproduzida a letra, apenas o sentido...e temos, ao
menos, cinco deles, para nos tocar, sem nos trocar, jamais).
Cheguei em casa com frutas, mares, luas, néctares do prazer, olhares, confissões e
promessas espalhados por mim.
E agora? Só podia, mesmo, entregar a você o sumo de uma saudade e uma
vontade sumamente declarada.
Boa noite!
Beijos enluarados.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tá com jeito de paixão!Aproveite, deguste todos esses sentimentos, lembranças e momentos!bjus e boa semana!
ResponderExcluirParece um declaração de amor...
ResponderExcluirO "sumo de uma saudade"... Bonita expressão!
Tenha uma semana maravilhosa.
Beijos ternos com meu carinho
Teresa, é uma carta antiga, mas os sentimentos não têm nome, são universais.
ResponderExcluirBjs.
Tatiana, é uma declaração de amor...aliás, declaro meu amor pela vida (e pelo amor)todos os dias.
ResponderExcluirBjs.
Boa noite.
ResponderExcluirBoa noite, Bruxa. Sonhos coloridos!!
ResponderExcluire algum romance...
ResponderExcluirLeal, apenas, uma antiga carta de amor. Será que cartas de amor envelhecem?
ResponderExcluirAs manhãs com frutos saborosos , adorei isso Helcio e a visão desse azul , eu entendo .
ResponderExcluirboa semana e volto pra buscar mais inspiração.
abraços
Amor infinito amor .O que seríamos sem ele ? Beijos na alma.
ResponderExcluiruau, muitos beijos enluarados para ti também. Belíssimo texto.
ResponderExcluirAi..., que carta maravilhosaaaa...!
ResponderExcluirOutra seca p'ra mais logo...;)) rsss
Abraço, Helcio.
Entregue, pois.
ResponderExcluirSentimentos assim é como sentirmo-nos árvores andantes, sem o fresco e a luz de cada uma que nos envolve o imaginário.
ResponderExcluirBeijooO*
Lendo o seu comentário para o meu deixado nessa página...Só tenho a dizer: Que maravilha viver assim!
ResponderExcluirQue o amor faça de sua vida sempre essa grande dádiva!
Um abraço carinhoso
A nós, Tatiana!!
ResponderExcluirAbraço com carinho.
Valéria, gostei da animização: árvores andantes...
ResponderExcluirBeijo.
Outros, tantos, quantos Encantos em cada palavra sua.
ResponderExcluirAbraço!
Vanessa, entregue está.
ResponderExcluirBeijos enluarados e ensolarados, Claudinha.
ResponderExcluirLis, esperarei vc, aqui, sempre.
ResponderExcluirBeijo.
Suely, sem o amor...não seríamos!!
ResponderExcluirBeijos com alma.
Não sei porque, mas lendo esse texto tão lindo e saudoso, me lembrei de um trecho da musica do Chico:
ResponderExcluir"Trocando em miúdos, pode guardar.. as sombras de tudo que chamam lar.. As sombras de tudo que fomos nós.. As marcas do amor nos nossos lençóis... As nossas melhores lembranças..."
Um beijo de bom dia poeta, com cheiro de chuva batendo na terra.
Um abraço de meia hora hoje !
(essa minha mania de abraçar rs- mas é que eu adoro.)
Sil, Sil...rsrs
ResponderExcluirA música do Chico caiu bem...
Beijo de final de manhã, qusse início de tarde...
mas nunca será tarde demais, para te abraçar!!
Helcio, olha, não me dê confiança, que a tua escrita me inspira, depois sou como lapa, precisa de faca p'ra descolar da rocha... rsss!
ResponderExcluirEsta tua reprise da "carta de amor" me sossegou. Porque eu também acho que cartas de amor são atemporais, passam as gerações mas o significado é sempre o mesmo e as suas palavras têm sonar ainda mais doce, porque "antes" parece que era mais puro e verdadeiro...!
Assim que te li, me deu uma vontade de fazer também algumas reprises, lá no meu sítio. Você se importa deste meu "copianço" da sua ideia?!
Te dou um beijo p'ra me dizer que deixa :)))
Encantos Outros, que não são poucos...
ResponderExcluirCopianço no sítio, desde que me convide, tá? rs
Recebo o beijo.
Helcioooo..., copianço da ideia sua, republicar meus poemar de amor.
ResponderExcluirDesde que aqui venho que você está implicitamente convidado a me visitar. Me perdoe da indelicadeza da minha falta de tacto.
Também é certo que às vezes me sabe bem colocar no meu espaço poemas ou textos de meus amigos, mas aviso sempre, como é lógico, e sempre dando os devidos créditos. Seria uma honra você me dar essa permissão. Gosto muito do que escreves e como escreves!
Espero por si, lá nos "Outros Encantos", também em "Tarde de Música".
Obrigada!
Beijo.
OutrosEncantos, visitei-a, visitá-la-ei.
ResponderExcluirPermissão mais que concedida, a honra será minha de ter palavras fátuas em outros encantos.
Você me permite roubar mais um tanto de espaço aqui?!
ResponderExcluirAh!... é o poema de uma canção que eu gosto de ouvir na voz de Tom Waits, acho que acompanha tão bem esta sua declaração, veja só:
http://www.youtube.com/watch?v=acv_a6O8doo
GREEN GRASS
Lay your head where my heart used to be
Hold the earth above me
Lay down in the green grass
Remember when you loved me
Come closer don't be shy
Stand beneath a rainy sky
The moon is over the rise
Think of me as a train goes by
Clear the thistles and brambles
Whistle 'Didn't He Ramble'
Now there's a bubble of me
And it's floating in thee
Stand in the shade of me
Things are now made of me
The weather vane will say...
It smells like rain today
God took the stars and he tossed 'em
Can't tell the birds from the blossoms
You'll never be free of me
He'll make a tree from me
Don't say good bye to me
Describe the sky to me
And if the sky falls, mark my words
We'll catch mocking birds
Lay your head where my heart used to be
Hold the earth above me
Lay down in the green grass
Remember when you loved me
Abraço
(qualquer dia vai-me cobrar pelo espaço que lhe ocupo aqui... rsss, vá..., não cobre mt caro...)
Você não rouba espaço aqui, o espaço é todo seu.
ResponderExcluirA canção é belíssima.
Abraço melodioso (o preço do espaço? tua presença, sempre...)